Hoje, depois de tomar banho, a preparar-me para sair com a Sofia e o Lupi, para celebrar o dia de S. Patrício – olá professor Patrício Domingues, espero que esteja a ler! -, estava a calçar as pantufas – pantufas lindas, que a Sofia me ofereceu na sequência de uma operação à tola – não ia sair de pantufas. Era temporário -, e ao baixar-me para as apanhar, onde pensava que as tinha deixado, elas não estavam lá. Chamei o Lupi – cão competente e alegre -, e pedi-lhe as pantufas. Pedido prontamente atendido, e lá foi ele. Trouxe-me uma pantufa. Como faltava a outra – ele, o Lupi, é competente mas às vezes não consegue agarrar nas duas ao mesmo tempo, e não faz mal, porque senão baba tudo! –, pedi-lhe a outra, o que, mais uma vez, foi prontamente atendido.
Como ele chegou com a pantufa do outro lado – da primeira vez saiu para a direita, e voltou da direita, da segunda saiu para a esquerda, e voltou da esquerda – à esquerda estava a Caminha dele -, agradeci-lhe muito, disse que ele era lindo, e rindo e sorrindo, insultei-o porque tinha ficado claro que tinha sido o cão-ladrão a desaparecer com elas – elas, as pantufas.
A Sofia, riu-se, e fleumática: – percebeste que tinha sido ele? – sim…. Sacana…. – Eu estava a topar… Quando estavas a procurar as pantufas com as mãos, a tocar o chão, ele levantou-se logo e agarrou numa pantufa. – Safado! – Quando lhe pediste a outra ele voltou à cama dele para a apanhar, ele tinha lá as duas.
Cão ladrão! Não é a primeira vez que vejo cães a terem comportamentos deste calibre, que indiciam raciocínio complexo. O Lupi já teve algumas destas, que demonstram, mesmo. Um possível sentido de humor! Adoro-o!!
Este cão adora animais, são as minhas pantufas, é a Amélia – a minha girafa que uma querida amiga me ofereceu – a pobre da Amélia até ficou sem um emblema, o emblema da organização que recebia o dinheiro das vendas das girafas – o emblema deve ter sido comido! A girafa estava na Caminha, já sem o emblema –, e, quando ele era pequenino – ele, o Lupi -, na quinta dos pais/educadores/treinadores/cuidadores, a Tereza e o Xico, o Lupi, todas as noites passava a pano – lambendo – a amiga dele, a Quimera – uma gata.
Lá fomos celebrar o dia de S. Patrício, mas o Pub onde tentámos ir estava cheio, e ainda bem!
Acabámos por ir a um Pub incrível, o Wilton Arms, onde o dono nos surpreendeu: – falam português? – sim! O senhor também? – Sim! – A sério?! – A Sério e a brincar!
Era o M., antigo jogador de futebol em Portugal. Não vou escrever mais detalhes em respeito ao M. Apesar de não ter jogado ao mais alto nível, andou lá perto, e terminou por ter tido alguns infortúnios.
Vou jantar um Sunday roast que trouxemos de lá!
Isso é a prova que o Lupi-cão adora o dono que tem, e para se sentir mais perto dele, pega nos objetos que se relacionam com ele, para estar seguro de não vai escapar de ser chamado a exercer a sua função de assistente… O Lupi quer mimo, e ao mesmo tempo, estar ativo! É um cão incrível!
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